domingo, 5 de dezembro de 2010

Diferentes: Calvinismo e Arminianismo



Por Joel Beeke

O arminianismo erra ao fazer com que uma parte do fundamento da justificação repouse sobre a fé. Defendendo a predestinação condicional e a fé condicional para a justificação (isto é, que Deus elege e salva aqueles que crêem), a teologia arminiana é uma farsa cruel. John Owen ridiculariza a condição arminiana da salvação – isto é, a fé – como uma impossibilidade: “é como se um homem prometesse a um cego mil libras com a condição de que ele enxergue”. Consequentemente, Owen intitula o Cristo arminiano de “apenas meio mediador” porque ele obtém o fim da salvação mas não os meios para alcançá-lo. Charles Spurgeon é mais pitoresco. Ele compara o arminianismo e o calvinismo a duas pontes sobre um rio. A ponte arminiana é larga e fácil mas não leva seu passante em segurança à margem oposta. Ela pára antes, onde só se avista a margem oposta, a da comunhão, eterna com Deus, porque algo foi deixado para a vontade depravada do homem natural realizar – isto é, exercitar a fé em Cristo por força própria. A ponte calvinista é estreita mas atravessa o rio todo porque Jesus Cristo é o alfa e o ômega da salvação e justificação. O arminianismo parece promissor, mas não consegue cumprir suas promessas porque depende de a humanidade deprevada agir; ele engana miríades de almas que acham que aceitam Cristo por um simples ato de suas próprias vontades, mas não se curvam sob o senhorio de Cristo. Imaginam que possuem fé salvadora, mas suas vidas evidenciam que permanecem mortos espiritualmente. O calvinismo é prometedor, no entanto, porque coloca todo o peso da justificação e salvação sobre a suficiência de Cristo e a operação de seu Espírito que concede e sustém a fé salvadora.

Justificação Pela Fé Somente (vários autores) – Editora Cultura Cristã

Nenhum comentário:

Postar um comentário