terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Institutas


Estou com uma semana de folga do meu trabalho, um brinde que minha chefe me dá todo final de ano, resolvi fazer alguma coisa interessante, estou lendo As Institutas na versão da UNESP, a seguir um resumo do que li até agora, estou ruminando o livro, sem pressa para terminar, Calvino foi um sábio mesmo, só quem pega a tarefa de lê-lo é que sabe, segue o meu resumo:

Conforme Calvino há em todo ser humano um senso da divindade "que é uma compreensão de deidade, da qual, renovando com frequência a memória, instila de tempos em tempos novas gotas, para que, quando todos, sem exceção, entenderem que há um Deus e são sua obra, sejam condenados, por seu próprio testemunho, por não o cultuarem e não consagrarem à própria vida à vontade d'Ele". Ainda que esta compreensão não seja perfeita ela deixa os homens indesculpáveis perante Deus "Está inscrito no coração de todos um sentimento de divindade".

Ademais, há o testemunho exterior a nós, a saber, a criação de Deus, a natureza. Deus qual artista deixou de modo marcante sua assinatura na criação, desse modo ainda mais deixa indesculpável todo homem. Ainda assim, este sinal interior e exteriores podem ser e são distorcidos pela natureza caída humana a ponto do homem ao ver as estrelas do céu em vez de adorar o Criador, adora a criatura, famigerada mãe natureza.

Então, Calvino nos leva a seguinte reflexão: Se os sinais interior e exteriores não são suficientes para levar o homem a um conhecimento seguro de Deus, logo se faz necessário um regra infalível que o assegure. Assim, é estabelecido a Palavra de Deus que é o Seu testemunho escrito.

http://www.editoraunesp.com.br/titulo_view.asp?IDT=1044

domingo, 5 de dezembro de 2010

Diferentes: Calvinismo e Arminianismo



Por Joel Beeke

O arminianismo erra ao fazer com que uma parte do fundamento da justificação repouse sobre a fé. Defendendo a predestinação condicional e a fé condicional para a justificação (isto é, que Deus elege e salva aqueles que crêem), a teologia arminiana é uma farsa cruel. John Owen ridiculariza a condição arminiana da salvação – isto é, a fé – como uma impossibilidade: “é como se um homem prometesse a um cego mil libras com a condição de que ele enxergue”. Consequentemente, Owen intitula o Cristo arminiano de “apenas meio mediador” porque ele obtém o fim da salvação mas não os meios para alcançá-lo. Charles Spurgeon é mais pitoresco. Ele compara o arminianismo e o calvinismo a duas pontes sobre um rio. A ponte arminiana é larga e fácil mas não leva seu passante em segurança à margem oposta. Ela pára antes, onde só se avista a margem oposta, a da comunhão, eterna com Deus, porque algo foi deixado para a vontade depravada do homem natural realizar – isto é, exercitar a fé em Cristo por força própria. A ponte calvinista é estreita mas atravessa o rio todo porque Jesus Cristo é o alfa e o ômega da salvação e justificação. O arminianismo parece promissor, mas não consegue cumprir suas promessas porque depende de a humanidade deprevada agir; ele engana miríades de almas que acham que aceitam Cristo por um simples ato de suas próprias vontades, mas não se curvam sob o senhorio de Cristo. Imaginam que possuem fé salvadora, mas suas vidas evidenciam que permanecem mortos espiritualmente. O calvinismo é prometedor, no entanto, porque coloca todo o peso da justificação e salvação sobre a suficiência de Cristo e a operação de seu Espírito que concede e sustém a fé salvadora.

Justificação Pela Fé Somente (vários autores) – Editora Cultura Cristã