domingo, 8 de agosto de 2010

Dez Livros Que Pretendo Comprar (Português)



É comum nos blogs de Reformados americanos a indicação de livros, alguns fazem uma indicação mensal. Pensei em fazer o mesmo aqui, esta é a minha lista de compras para o próximo mês:

1 - Por Que Amamos a Igreja - Kevin DeYoung e Tedd Kluck

Havia dito que não havia nenhum livro do DeYoung em português, agora graças a Mundo Cristão há. Este livro se contrapõe a muitas ideias tão em moda hoje em dia, muitos acham que a Igreja é apenas um acessório que se pode descartar à la vonté. Se você leu o livro Por Que Você Não Quer Mais Ir à Igreja. Compre a vacina.

2 - João Calvino 500 Anos - Hermisten Maia Pereira da Costa

Para mim um dos melhores autores nacionais e também um grande conhecedor de João Calvino. Herminsten é certeza de uma leitura informativa e cativante.

3 - Firmes - Um Chamado à Perseverança dos Santos - John Piper e Justin Taylor

Compre todo livro que tiver John Piper e Justin Taylor como editores.

4 - O Chamado - Uma iluminadora reflexão sobre o próposito da vida e o seu cumprimento - Os Guinnes

Faz muito tempo que quero comprar esse livro, mas não estava disposto na Erdos, onde faço a maioria de minhas compras, só tenho boas recomendações dele.

5 - Bíblia Almeida Século 21

Pelo que vi parece ser uma ótima tradução, pelo menos é fácil de ler.

6 - Como Ler Gênesis - Tremper Longman III

Tenho uma verdadeira paixão pela leitura do Gênesis, penso que um bom entendimento da Bíblia por inteiro passa por bom entendimento do primeiro livro da Bíblia.

7 - Quem é Jesus? - Gerald Bray

Um grande autor e um assunto central.

8 - Avante Soldados de Cristo - Uma reafirmação bíblica da Igreja - Vários autores

O mesmo assunto sobre a Igreja, eclesiologia, deve ser um grande livro.

9 - A Mensagem do Novo Testamento - Uma Exposição Teológica e Homilética - Mark Dever

Sermões panorâmicos sobre todos os livros do Novo Testamento, ótimos estudos, nos inspiram a ler a Bíblia.

10 - O Deus Esquecido - Revertendo Nossa Trágica Negligência Para Com o Espírito Santo - Francis Chan

Não sei se Francis Chan é mais um Reformado "carismático" tipo Mark Driscoll, o livro de Chan: Louco Amor é muito bom.

Você encontra todos no site da Erdos: www.erdos.com.br

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Santidade



Por Herman Bavinck

Para entendermos o benefício da santificação corretamente, precisamos proceder do pensamento qual Cristo é nossa justiça. Ele é o salvador completo e todo-suficiente. Ele não realiza sua obra pela metade, mas nos salva de forma real e completa. Não descansa até(após anunciar sua absolvição as nossas consciências) comunicar sua glória e santidade plena a nós.

Pela sua justiça, portanto, não apenas nos restaura ao estado de justo, isentos do julgamento divino, para então nos deixar por nós mesmos a corrigir à imagem de Deus e ao mérito da vida eterna. Todavia, Cristo realizou tudo. Ele suportou por nós a culpa e o castigo pelo pecado. Colocou-se a si mesmo sob a lei a fim de garantir a vida eterna para nós. E, em seguida, levantou-se da sepultura para se comunicar a nós em toda sua plenitude tanto para nossa justiça quanto para nossa santificação (1 Coríntios 1.30). A santidade de que precisamos tornou-se inteiramente nossa por isso esperamos a plenitude em Cristo.

http://spurgeon.wordpress.com/2010/06/27/holiness

Por Que Devemos Glorificar a Cristo: Razão Pessoal



Por David Martyn Lloyd-Jones

(...) permitam que eu lhes apresente a última razão pra atribuir toda a glória a Ele. Devo glorificá-lO porque Ele é Deus, pelo que Ele realizou, por Sua atual posição na glória, e por causa da glória que ainda será revelada concernente a Ele. Mas, se vocês quiserem uma razão ainda mais pessoal, ei-la - esta razão é como que o resultado de tudo o que eu estive dizendo, de tudo o que Cristo realizou, que nos é totalmente possível conhecer a Deus no dia de hoje. Portanto, minha última razão para glorificá-lO é pelo que ele fez por mim. Sem Ele, onde ficamos? Somos filhos da ira, nascemos em pecado e fomos formados em iniquidade. Temos infringido as leis de Deus, e Deus nos vê com desprazer. Aos olhos da lei não temos esperança. Na vida somos desprezíveis, e depois da morte seríamos condenados, sob maldição. Mas Cristo veio e fez o que nós descrevemos; e o resultado é que Deus nos perdoa, somos reconciliados com Deus, somos feitos filhos de Deus, e todas as coisas foram feitas novas.

Por que devo glorificar a Cristo? Bem, pela nova vida que Ele me deu, pela esperança que Ele me deu, porque Ele torna diferente a vida, porque Ele muda tudo. Ele tornou a vida suportável e sustentável; Ele me libertou daquela desprezível e infeliz vida que consistia em tentar viver para o prazer, na qual eu tentava esquecer os meus problemas, sem nenhuma esperança na vida e sem nada depois da morte, a não ser escuridão e trevas. Ele morreu por meus pecados e me reconciliou com Deus. Foi Ele que me introduziu no reino de Deus. É Ele que me dá a certeza de que, seja o que for que o homem faça comigo, vou estar com Ele em Seu reino glorioso, e vou passar a eternidade em Sua gloriosa e venturosa presença. A Ele seja a glória, agora e no dia da eternidade! Muitas coisas podem acontecer entre este momento e o dia da eternidade. Não importa; elas não podem afetar Cristo, não podem mudá-lO, não podem desviá-lO do Seu propósito. E, finalmente, nada nos pode separar do Seu amor.

A Ele, Deus o Filho; a Ele, que Se destituiu de Sua reputação, que até foi para a morte de cruz; a Ele, que saiu triunfante do sepulcro; a Ele, que está assentado à direita de Deus; a Ele, que ainda virá e introduzirá o Seu reino glorioso; a Ele, e somente a Ele, seja a glória, agora e até que Ele venha, e até "o dia da eternidade".

http://www.erdos.com.br/detalhe_pro2.php?id=8315

A Essência da Religião Cristã



Por Herman Bavinck

A essência da religião Cristã consiste na realidade de que

a criação do Pai,

arruinada pelo pecado,

é restaurada

na morte do Filho de Deus,

e recriada

pela graça do Espírito Santo no reino de Deus.

http://spurgeon.wordpress.com/2010/06/27/the-essence-of-the-christian-religion/

Diferença dos Incrédulos



Por João Calvino

Os incrédulos diferem dos filhos de Deus no fato de que, enquanto que também desfrutam dos benefícios divinos, todavia os devoram como animais sem olhar para cima. Os filhos de Deus, em contrapartida, conscientes de que todos esses benefícios são santificados pelas promessas(divinas), reconhecem nelas Deus como seu Pai. Portanto, sua atenção é sempre dirigida para a esperança de vida eterna, pois partem do fundamento, ou seja, da fé em sua adoção.

Galátas - comentário - João Calvino - Editora Paracletos -Tradutor Valter Graciano Martins - 1ª Edição 1998 - pág. 89

8 COISAS QUE PODEM LEVÁ-LO A REJEITAR JESUS (1ª parte)



Por Mark Driscoll

O que poderia compelir você a rejeitar Jesus? Há aqui oito coisas que se possível podem motivar sua rejeição a Jesus, extraídas de Lucas 4.22-30.

1. TEOLOGIA – O povo em Nazaré ama Jesus como professor, como médico, como alimentador e defensor do pobre. Mas quando Ele diz ” Eu sou Deus, e falo por Deus” Eles dizem: “Não, você é filho de José” “Você é na realidade apenas um bom garoto, todavia, não é Deus”. Alguns de vocês fazem isso “Jesus é bom homem, mas não é Deus-homem. Ele é um bom professor, exceto quando Ele falta com a verdade, dizendo coisas como Eu sou Deus e salvador”. Não O rejeite teologicamente.

2. CONTROLE – Você poderá rejeitá-Lo por causa do controle. Este era o real conflito em Nazaré. Ele se apresenta e eles dizem ” Aqui está o que queremos, Jesus. Você cresceu entre nós, sabe que somos pobres, há mulheres doentes, homens desempregados, estamos desolados, ninguém vem de uma cidade caipira rural ou por ela, e você – você é uma celebridade. Você atraí multidões. Você pode curar e alimentar pessoas. Vamos fazer uma tenda. Você será a atração. As pessoas vão vir de longe. Você pode nos alimentar, curar, abençoar, fazer-nos importantes. Vamos usá-lo para nossa própria missão. Queremos ser ricos e famosos.” Era uma questão de controle.

Jesus disse “eu não irei fazer nenhum milagre aqui em Nazaré. Não porque não possa fazer nenhum milagre, mas se fizesse, vocês iriam pensar que estariam a me controlar. E seus motivos são repugnantes, e vocês não amam a Deus.” Enquanto a viúva, teve seu milagre após confiar no Senhor. O leproso, confiou no Senhor e teve seu milagre. Jesus disse “vocês nem mesmo me amam, nem mesmo confiam em mim. Vocês apenas querem milagres. Vocês querem que Eu seja o gênio mágico que salta da lâmpada e atende a todos os pedidos. Não.

Algumas pessoas são assim com Jesus. Elas vem para uma igreja ou ministério e dizem,” tudo bem! Aqui está o que eu quero, Jesus, dê para mim, se Ele não me der? Bem, então rejeito-O. Eu sou um pós-cristão, um anticristão. Estou procurando uma outra religião ou estou indo no meu próprio caminho.” De forma a rejeitar Jesus.

3. GANÂNCIA – Havia muito dinheiro a ser feito em Nazaré, se Jesus começasse a ficar lá todas as multidões viriam a Ele, então se construiria uma enorme sinagoga, poderia ter uma oferta após a cura das pessoas, estariam fazendo o bem. Eles queriam usar Jesus por dinheiro. Então, Ele usa a ilustração da viúva. Ela não tinha nada, ela permitiu o servo de Deus viver com ela e comer sua última refeição correndo risco de morte. Você não pode usar Deus por dinheiro, isto é idolatria. Você deve amar a Deus porque Ele é Deus. Ame a Jesus porque Ele é Deus.

4. EGOÍSMO – Às vezes é apenas egoísmo. As pessoas em Nazaré, quando Ele se apresentou a elas não disseram “Jesus! Ele é adorável, poderíamos alcançar as nações. Poderíamos ajudá-Lo a proclamar as boas novas que Deus veio. Como poderíamos ajudar e servi-Lo? Como poderíamos dar nossa vida para que outros venham a conhecê-Lo? Tudo era apenas sobre o eu. “Onde está o meu milagre? Onde está a minha saúde? Onde está a minha comida? Onde está a minha provisão? E quanto a mim?”. O egoísmo cego pode nos levar a rejeitar a Jesus.

Conhecer para Viver*



Por Sinclair B. Ferguson

Quando primeiramente me envolvi no ensino da Palavra de Deus, imaginava que uma das grandes necessidades dos cristãos eram ser instruídos nas "verdades profundas" do evangelho. Eu não tinha grande experiência anterior (em minha vida pessoal) nem observação (de outras vidas), aprendi quão equivocado estava. Começava a ver que de fato as "verdades profundas"( se há tal tipo de coisa) são realmente as velhas verdades básicas do evangelho. Longe de serem supérfluas, são necessidades da vida cristã. O que mais me preocupou veio à luz ao perceber que muitos dos que eram cristãos professos eram fracos em sua compreensão do que é padrão básico na doutrina bíblica. Pensam saber o elementar da mensagem do Novo Testamento, mas por vezes seu entendimento é igual ao de uma criancinha.

Assim, ao começar a ponderar sobre esta situação, percebo que, talvez, este não fosse um estado diferente daquele que o apóstolo Paulo se deparou. Lembro-me de sua interrogação repetida nas cartas aos Romanos e 1Coríntios:"Não sabeis?...Não sabeis?" (Rom. 6.3, 16; 7.1; ICo. 3.16; 5.6; 6.2,3,9,15,19; 9.13,24). Repetida vezes havia apelado para que estes primeiros cristãos tivessem conhecimento, porém, ou eles esqueceram ou nunca aprenderam.

A convicção é que o assunto doutrina cristã é para o viver cristão um dos pontos de maior importância para o crescimento da vida cristã.

Frequentemente no trabalho pastoral tenho visto o seguinte. A maioria de nós, por natureza, não é estudante, mas é do tipo mais prático, "realizadores" antes que "pensadores". Embora, a história da igreja e as Escrituras, ambas indicam para nós isto, geralmente falando, os "pensadores" são os que melhor "realizam"! Adicione a sua mente mais das histórias das vidas de homens e mulheres que tem mais influências práticas na igreja, ou talvez em sua vida particular. Você irá descobrir pouquíssimos entre eles que não eram estudantes das verdades cristãs, porém, incansáveis em seus estudos. Dos grandes teólogos, mártires, pregadores dotados intelectualmente, dos menores em habilidade menos de poder espiritual, todos, talvez sem exceção, foram estudantes das doutrinas da Bíblia. Jaz aí o seu segredo de utilidade. No entanto, o paradoxo que é visto por nossas mentes naturais, é um dos fatos da realidade espiritual: a vida cristã prática é baseada no entendimento e conhecimento. O verso do Antigo Testamento ilustra isto. Ele diz a respeito do homem: "como imagina em sua alma, assim ele é"( Provérbios 23.7). Que resume a posição cristã perfeitamente - como pensamos é um dos grandes fatores determinantes da forma como vivemos!

Não é difícil demonstrar que essa é a convicção subjacente na totalidade do ensino do Novo Testamento.

*Parte introdutória do primeiro capítulo do livro de Sinclair B. Ferguson, The Christian Life.

Fé Bíblica e Histórica




Por Robert Letham

"Estaremos enganados se pensarmos que podemos ler a Bíblia somente por nós mesmos. Toda interpretação das Escrituras é construída sobre o que aconteceu antes de nós. No século 19, um pequeno grupo dos Estados Unidos decidiu abandonar o ensino histórico das Escrituras e estudar as Escrituras por si mesma, partindo do básico. Esse grupo publicou uma revista com o resultado dos seus estudos, chamada Studies in the Scriptures. E assim nasceu a seita conhecida como as Testemunhas de Jeová. Distante do ensino histórico da igreja cristã, o estudo da Bíblia é uma receita para o desvio. Como podemos ver, as Testemunhas de Jeová não fizeram nada verdadeiramente novo; elas apenas reproduziram as heresias do Arianismo do século 4º.

Em segundo lugar, se depreciamos as dificuldades passadas da igreja, não estaríamos nós cheios de orgulho? Não seria talvez o caso de estarmos tão envolvidos com o que o Espírito Santo esteja nos mostrando agora que prestamos pouca atenção ao que ele mostrou a outros? Parte da razão pela qual a tecnologia tem avançado tanto hoje é porque ela possui uma base de um longo período para se apoiar. Ela não tem tentado reinventar a roda!"

A Obra de Cristo - Robert Letham - página 18

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